Malaca (em malaio, Melaka) é o terceiro menor estado da Malásia.
Embora Malaca já tenha sido um dos mais antigos sultanatos malaios, o estado atualmente não é governado por um sultão e sim por um governador (Yang di-Pertua Negeri).
Resumo de parte da história da região:
Em abril de 1511, Afonso de Albuquerque zarpou de Goa para Malaca com uma força de cerca de 1 200 homens e 17 ou 18 navios.[9] Malaca tornou-se uma base estratégica para a expansão portuguesa nas Índias Orientais, subordinada ao Estado Português da Índia. Mahmud Xá, último sultão de Malaca, refugiou-se no interior, de onde empreendia ataques intermitentes por terra e mar. Entrementes, para defender a cidade, os portugueses ergueram um forte (cuja porta, chamada "A Famosa", ainda existe). Em 1521 o Capitão Duarte Coelho Pereira construiu a igreja de Nossa Senhora do Monte. Em 1526, uma grande força de navios portugueses comandada por Pedro Mascarenhas foi enviada para destruir Bintan, onde estava Mahmud. O sultão fugiu com sua família para Sumatra, do outro lado do estreito, onde veio a falecer dois anos depois.
Logo ficou claro que o controle português de Malaca não significava o controle do comércio asiático que por ali passava. Seu domínio sobre o local sofria com dificuldades administrativas e econômicas. Em vez de concretizar sua ambição de controlar o comércio asiático, o que os portugueses haviam logrado fora desorganizar a rede mercantil da região. Desaparecera o porto centralizador do comércio e, com ele, o Estado que policiava o estreito de Malaca. O comércio espalhou-se por diversos portos em meio a embates militares no estreito.
O missionário jesuíta Francisco Xavier passou vários meses em Malaca em 1545, 1546 e 1549. Em 1641, forças da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais bateram os portugueses e capturaram Malaca com o apoio do sultão de Johore.
A população do estado de Malaca é de 759 000 habitantes (2007). Compõe-se de:
- malaios: 57%;
- chineses: 32%;
- indianos: uma minoria importante;
- cristang, um povo com antepassados portugueses: uma pequena comunidade.
A língua cristã, português de Malaca, crioulo de Malaca, papiá kristáng ou simplesmente papiá, é uma língua crioula de base portuguesa com estrutura gramatical próxima do malaio, falado na Malásia e em Singapura pelos descendentes dos descobridores portugueses e suas famílias miscigenizadas. Papiá é a pronúncia crioula de papear, i.e., falar, conversar, dizer. Kristáng é a pronúncia de "cristão", posto que a maioria dos falantes do citado crioulo seguiam a religião cristã, oficial em Portugal e seus domínios coloniais ultramarinos.
O dialecto kristang oferece uma simplicidade a língua portuguesa com relação conjugação dos verbos. Os advérbios "já" e "ainda" tornam se partículas que põem o verbo em tempo passado e presente respectivamente, pondo o verbo no infinitivo,. Exemplos:
- Yo já comer = eu (já) comí.
- Yo ainda comer = eu (ainda) comerei.
Vídeos interessantes sobre a região:
https://www.youtube.com/watch?v=J6ypKbGjYwc
https://www.youtube.com/watch?v=7-YtlkYGoRM
É um local que desperta bastante curiosidade!
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